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A melhor banda de rock de todos os tempos... essa frase é uma das mais complicadas de se dizer, pois o risco de ser ingênuo ao dizê-la é muito grande, não pela possibilidade de não ser coerente na escolha da banda para atribuir o título, mas pelo fato de uma única banda não ser capaz de sintetizar tudo que seria necessário para estar no topo de uma lista. O rock in roll é muito complexo e tem várias vertentes, e por isso a condição de melhor banda sempre será um tema controverso.

 

Mas, quando falamos de uma banda como Nirvana, não estamos falando só de garotos tocando guitarra, baixo, bateria e dando uns berros, estamos falando de um fenômeno que deu outra direção ao rock quando apenas tocar de maneira tecnicamente impecável já não fazia mais sentido, já não traduzia as angústias de uma geração que estava no limiar das contradições de uma pós modernidade avassaladora, que devorava os seus sonhos com a mesma velocidade que lhes fazia promessas vazias. O Nirvana foi o grito estético dessa angústia, e Kurt Cobain o guru involuntário que não deu conta de ser a voz dessa geração, e talvez até a dele mesmo.

 

Estamos no mês em que fará 20 anos do silenciamento prematuro do fenômeno Nirvana, pois em abril de 1994, Kurt foi encontrado morto, com um tiro suicida (segundo conclusões da investigação policial). De lá pra cá o que eu não faltou na industrial da música foi material post-mortem, que vai desde gravações inéditas à documentários sobre tudo na vida de Kurt e do Nirvana. E como todo membro do famigerado “Clube dos 27” passa a ser cultuado, não poderia deixar de acontecer centenas de homenagens. Uma das mais legais parece ser a do canal pago Bis, com uma maratona de conteúdos sobre Kurt e o Nirvana, um destaque para o documentário Kurt Cobain: Retrato de uma Ausência (Kurt Cobain About a Son), uma espécie de dossiê sobre a vida de Kurt, que já vale a pena só pela trilha sonora que além do próprio Nirvana traz também David Bowie, Iggy Pop e REM. No link abaixo é possível conferir o que vai rolar no Canal.

 

P.S. Júnior Silva não se sente um membro do clube dos 27 (não dá mais tempo), mas também viveu algumas das angústias de Kurt.

 

 

20 Anos sem Kurt Cobain

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