Que gente chata...

 

Essa capa alternativa para a revista mensal da Batgirl foi feita pelo brasileiro Rafael Albuquerque em comemoração aos 75 anos de criação do Coringa, mas foi censurada pelos fãs da Batgirl, que começaram a gastar nas redes sociais dizendo que seria de mal gosto e destoaria da atual fase da heroína, já que ela estaria transformando-se em um símbolo do feminismo, e que por sinal, parece ser daquels bem pedantes. Por sua vez, Rafael Albuquerque declarou que a capa teria sido uma homenagem a história "A Piada Mortal", escrita por Alan Moore e desenhada por Brian Bolland, onde Bárbara Gordon, alter ego da Batgirl, foi sequestrada pelo Coringa que a deixou paraplégica e supostamente também teria cometido uma violência sexual.

 

Ora, o fato de uma mulher sofrer algum tipo de violência mostrada em uma história ou representada em uma ilustração que tem o objetivo de ajudar a contar essa história não significa que quem escreveu ou desenhou seja machista, mas apenas alguém que cria suas crônicas fictícias inspirados pelas mazelas da realidade em que está inserido. Com o raciocínio desses fãs da Batgirl, obras icônicas como o filme "A Outra História Americana" que mostra o racismo e a violência insana do neonazismo, ou a pintura Judite e Holofernes, de Caravaggio seriam odes à violência racial ou a justiça feita com as próprias mãos.

 

Rafael Albuquerque preferiu pedir a DC comics para que a capa não fosse publicada e pediu desculpas se teria deixado alguém chateado, com o claro objetivo de não prolongar a polêmica. No entanto, em minha opinião, se você tem de um lado a arte de Rafael Albuquerque e do outro a perturbadora persona do Coringa, não tem muito sentido levar em conta o mimimi de fãs da Batgirl, que vem cada vez mais se parecendo com personagens tiradas de livros escritos para pós-adolescentes e que em algum momento acabam sendo adaptados para o cinema de maneira bem duvidosa.